28 de dezembro de 2009
Mais uma queda nos passeios de São Mamede
Presenciei mais uma queda.
Por favor apelem à CML para picar os passeios de forma a não parecerem pistas de gelo.
Um dia partem uma perna ou as duas! Eu já caí 3 vezes na Rua de São Marçal!
Prevenir e agir. Passem a palavra!
11 de dezembro de 2009
O Jardim do Príncipe Real e as Resoluções da AML (2)

Assembleia exige por unanimidade garantias sobre Príncipe Real, ACL, Lusa, 10-12-2009 |
A Assembleia Municipal de Lisboa [...] aprovou uma moção e duas recomendações sobre o jardim do Príncipe Real, que dominou a discussão da Assembleia Municipal.
Na moção aprovada por unanimidade os deputados municipais exigem que a autarquia “forneça toda a informação discriminada sobre a situação fitossanitária de cada árvore abatida ou a abater no jardim” do Príncipe Real.
A intervenção implicou o abate de mais de 40 árvores, sobretudo choupos, num “estado fitossanitário muito grave”, de acordo com o vereador do Ambiente, José Sá Fernandes.
A Câmara deve dar “garantias de que o património das espécies vegetais no jardim não fica comprometido com esta intervenção”, que está em curso, e abrir um “debate público” sobre o projecto.
A divulgação do design da iluminação, equipamento e mobiliário, “sobre a sua concepção e concurso que lhe deu origem”, são outras exigências dos deputados municipais.
A Assembleia exigiu igualmente, através desta moção, informações sobre um eventual parque de estacionamento a construir no perímetro do jardim.
O presidente da Junta de Freguesia das Mercês, Alberto Francisco Bento (PS), sublinhou a necessidade de serem plantadas novas árvores de “porte razoável”, já que “o que está feito é irreversível”.
Alberto Francisco Bento afirmou a vontade da Junta das Mercês em se constituir como “parte activa” do processo e pediu a presença do vereador do Ambiente, José Sá Fernandes, na Assembleia de Freguesia do próximo dia 16, para prestar esclarecimentos sobre o projecto.
Confrontado pela Lusa com a unanimidade das preocupações dos deputados municipais em relação à intervenção no jardim, o vereador do Ambiente afirmou-se “muito sereno”.
“Foram prestados esclarecimentos, foram distribuídos mais de seis mil folhetos, foram colocados cartazes. Admito que no momento do corte [das árvores] deveria ter havido mais informação”, argumentou.
Sá Fernandes reiterou tratar-se de um “projecto de grande categoria”.
Além da moção aprovada por unanimidade, foram também aprovadas duas recomendações sobre o jardim.
Uma das recomendações, apresentada pelo MPT, exigiu a prestação de informações sobre o abate das árvores.
Outra recomendação, apresentada pelo CDS-PP, foi mais longe ao pedir a “imediata suspensão das obras”, até que a Câmara informe a Assembleia sobre “todo o procedimento administrativo de requalificação do jardim”.
A moção apresentada pelo BE exigiu a “apresentação pública do relatório fitossanitário” que justificou o abate das árvores, bem como de um parecer do Laboratório de Patologia Vegetal e “debate público” que garanta a “participação popular e a transparência das decisões” futuras.
(informação via Helena Roseta, deputada do CPL eleita pelo PS)
N.B. Em meu entender devem os cidadãos da Freguesia de São Mamede tomar como sua esta questão, muito especialmente na qualidade de cidadãos de uma freguesia limítrofe da Freguesia das Mercês. Fazendo parte da Freguesia das Mercês, o Jardim do Príncipe Real é frequentado diariamente por moradores da Freguesia de São Mamede. A Assembleia de Freguesia das Mercês do próximo dia 16 e o nosso camarada Alberto Bento deverão contar com o nosso apoio.
10 de dezembro de 2009
Recomendação sobre "Espaços Públicos" aprovada hoje na AML. Pensemos no Jardim do Príncipe Real (1)
Apresentada: 10 de Dezembro de 2009, pel´os Deputados Municipais Independentes - CPL - eleitos pelo PS (cf. nota)
Agendada, debatida, votada: 10 de Dezembro de 2009
Resultado da votação: aprovada por unanimidade
Recomendação
Considerando que:
- A protecção da qualidade ambiental é cada vez mais encarada como um direito dos cidadãos. Foi essa a perspectiva consagrada na Constituição da República Portuguesa, ao incluir de forma inovadora o direito ao ambiente e à qualidade de vida no conjunto dos nossos direitos constitucionais (artigo 66º). A defesa do espaço público emerge como uma área de grande relevância no ambiente das cidades, exigindo medidas de protecção e valorização que permitam o seu usufruto em condições aprazíveis e livres de impactos sonoros ou visuais negativos.
- O critério mais seguro para garantir a eficácia dessas medidas deve ser o da participação alargada dos cidadãos, a quem a lei confere legitimidade para intervir quando a actuação administrativa “provoque ou possa previsivelmente provocar prejuízos relevantes em bens fundamentais”, em que se destaca o ambiente e a qualidade de vida (artigo 53º do Código de Procedimento Administrativo).
- Às juntas de freguesia deve caber um papel decisivo como “provedoras do espaço público”, ou seja, responsáveis por dar parecer favorável ou desfavorável às utilizações, a licenciar pela Câmara, de actividades privadas ou publico-privadas em espaço público (vias, praças e largos, jardins, parques, zona ribeirinha, etc.), tendo em conta que a lei 5-A/2002 já estabelece, na alínea e) do nº 2 do artigo 34º, que as juntas de freguesia se pronunciem sobre projectos de ocupação da via pública a pedido das câmaras municipais.
Os Deputados Municipais Independentes abaixo indicados, propõem a título individual que a Assembleia Municipal de Lisboa, na reunião de 10 de Dezembro de 2009, delibere:
- Recomendar que a Câmara Municipal elabore um regulamento de utilização do espaço público que garanta em primeiro lugar a prevalência do direito da fruição sobre quaisquer outras utilizações possíveis do espaço público
- Recomendar que a Câmara Municipal sujeite a submissão prévia a consulta pública dos projectos de intervenção relevantes em espaço público
- Recomendar que a Câmara Municipal forneça obrigatoriamente informação pública aos utilizadores sobre quaisquer intervenções relevantes em espaço público
- Recomendar que a Câmara Municipal clarifique o papel das juntas de freguesia no licenciamento de ocupação dos espaços públicos, tendo em conta a alínea e), do artigo 34 da Lei 5-A/2002
Os Deputados Municipais Independentes - CPL - eleitos pelo PS
Nota: lista de deputados municipais independentes eleitos pelo PS e subscritores da Recomendação supra - Maria do Céu Guerra de Oliveira e Silva, Ana Maria Gaspar Marques, Filipe Mário Lopes, Paula Cristina Coelho Marques Barbosa Correia, José Alberto Ferreira Franco e Ana Sofia Pedroso Lopes Antunes.
(importado da página da Helena Roseta no FB)
3 de dezembro de 2009
ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS DA FREGUESIA DE S. MAMEDE
Presidente - Ana Bravo de Campos - PPD/PSD
Secretário - Paulo Moreira - PPD/PSD
Tesoureira - Maria do Rosário Catarino - CDS/PP
Vogal - Ricardo Barbosa - PPD/PSD
Vogal - Rodolfo Knapic - PPD/PSD
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
Presidente -. Manuel Ramires Oliveira - PPD/PSD
1º Secretário - José Vilar Jesus - CDS/PP
2ª Secretária - Isabel Siqueira Salema Reis Cardoso - PPD/PSD
Vogais da coligação PPD/PSD +CDS/PP
Carla Sofia Martins - PPD/PSD
Maria de Fátima Plancha da Silva - PPD/PSD
Duarte Facco Vianna Álvares de Calvão - PPD/PSD
João Miguel Amaro Correia - PPD/PSD
Manuel Maria Franco Caiado Tenório de Figueiredo - CDS/PP
Vogais do PS - Partido Socialista
Maria Luísa V. de Paiva Boléo
Carla Cristina Ferreira Madeira
Manuel Mendes
Francisco José da Veiga Ventura Gentil Quina
Maria Vera Tormenta Santana
13 de novembro de 2009
Dia 17 de Novembro - Assembleia de Freguesia
Se se interessa pelos destinos da sua freguesia compareça na 3ª feira, dia 17, pelas 21,30 horas.
12 de novembro de 2009
Vazio de poder
A coligação não lhes deu resposta capaz e eficiente, porquanto, em Assembleia de Freguesia, os membros da coligação PSD/CDS/PPM/MPT rejeitaram em clara maioria a lista proposta pela coligação PSD/CDS/PPM/MPT. Irónico? Talvez não.
É interessante evidenciar que as Esquerdas não se entendem por razões programáticas, pelo que dificilmente fazem coligações pré-eleitorais. A(s) Direita(s) não se entendem após terem feito coligações pré-eleitorais e terem ganho as eleições. Coloco a hipótese ingénua de se tratar de simples razões de partilha de poderes entre grupos que têm um programa político comum.
Que fazer?
Para já, é importante, enquanto força política na oposição, estarmos informados sobre o que legalmente pode ser feito quer pela Junta sem poder, quer para que a Junta venha a ter poder.
9 de novembro de 2009
Dia 5 de Novembro em São Mamede
Esperamos dar-lhe notícias da instalação dos órgãos executivos da Junta de Freguesia de São Mamede, ainda não agendada.
A Coligação PSD/PP/PPM/PT terá uma palavra a dizer, dado terem eleito 8 membros. O PS que elegeu 5, aguarda e os fregueses aguardam igualmente.
29 de outubro de 2009
Quinta-feira, 05 de Novembro às 21,00 horas
Tomada de posse dos eleitos da Freguesia de São Mamede
Os eleitos à Assembleia de Freguesia de São Mamede tomam posse no dia 5 Outubro às 21,00 horas, na Junta de Freguesia.A equipa do PS tudo fez para contrariar a tendência PSD/PP/PPM/PT mas apenas conseguiu eleger 5 membros.
Abre-se uma nova etapa, na qual os eleitos do PS tudo farão para contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos residentes, trabalhadores e todos aqueles que visitam a freguesia.
Convidam-se todos os que têm o sentido de cidadania para estarem presentes.
28 de outubro de 2009
19 de outubro de 2009
16 de outubro de 2009
Mais fotos da campanha por São Mamede (PS)
Fotos da Campanha por São Mamede
14 de outubro de 2009
SÃO MAMEDE DEU MAIORIA À CML
São Mamede deu a maioria absoluta à CML
A vereadora em 9º lugar deu a maioria à CML e foi São Mamede a ditar o resultado final.
Como cabeça de Lista do PS por São Mamede só posso agradecer a uma equipa fantástica que me acompanhou com entusiasmo e sempre soube que: « Por um se perde. Por um se ganha.»
Bom trabalho à nova equipa!
13 de outubro de 2009
«É fraqueza disistir de coisa começada»
É certo que a coligação PPD/PSD + CDS/PP + MPT + PPM ganhou com 1607 votos contra 994 do PS (52,38%) mas os 5 Vogais do PS na Assembleia de Freguesia sabem que, mesmo em minoria vão trabalhar no campo, isto é, vão fazer com que os fregueses participem, nestes 4 anos na vida da sua freguesia.
Nós próprios (os 5 Vogais) vamos acreditar que a equipa da actual Presidente da Junta não pode deixar que tudo fique como dantes. Damos-lhes o benefício de acreditar que são sensíveis à necessidade de mudança.
A Luísa Paiva Boléo, a Carla Madeira, o Manuel Mendes, o Francisco Quina e a Vera Santana que os leitores podem conhecer melhor neste blog, bem como todos os outros que estão por detrás destas informações, como o Nuno Oliveira e o Dimas Pestana, não vão baixar os braços.
Há 5527 eleitores em São Mamede e se conseguirmos que pelo menos 10% se interesse e venha reclamar melhor qualidade de vida, mais cultura urbana, melhor qualidade dos serviços de saúde, em resumo o incremento das medidas que propusemos no nosso Programa que podem ler e reler aqui em baixo, teremos mais de 500 pessoas a tornar possível algo que ficou até aqui por fazer em São Mamede.
São 4 anos de desafios que temos pela frente.
12 de outubro de 2009
Resultados de São Mamede e algumas reflexões
Uma arreliadora queda na manhã do dia 12 e a mão direita com talas retirou-me a possibilidade de aqui apresentar os dados finais de São Mamede e as minhas reflexões. Prometo fazê-lo em breve.
Um abraço grande da Luísa Boléo
9 de outubro de 2009
Propostas para a freguesia VII: Desporto para todos
Pretendemos criar circuitos para bicicletas com faixas próprias, a serem utilizados aos fins de semana, na área envolvente ao Jardim das Amoreiras.
Vamos estabelecer acordos com os ginásios existentes na freguesia no sentido de conferir vantagens aos moradores.
Pretendemos instalar equipamentos desportivos no Jardim das Amoreiras. Os equipamentos a instalar serão adequado ao exercício físico para seniores permitindo assim a sua utilização por todas as idades. O envelhecimento activo é um factor essencial na promoção da saúde e bem estar das pessoas mais idosas. A instalação pretende tornar acessível estes equipamentos, incentivando dessa forma o seu uso de uma forma regular por quem frequenta o jardim.
Propostas para a freguesia VI: Higiene urbana
Pretendemos colocar WC’s caninos em vários pontos da freguesia. Pretendemos ecopontos mais localizados e mais bem conservados. Queremos inaugurar uma interacção que permita ajustes na localização dos ecopontos. Esta interacção servirá igualmente para comunicar os ecopontos em que a periodicidade da recolha seja adequada e que a sua limpeza seja garantida. Igualmente, a limpeza das ruas será objecto de diálogo com a CML.
Propostas para a freguesia V: Dinamização cultural
Pretendemos devolver à utilização dos habitantes, espaços públicos como a Mãe-d’água ou o Palácio dos Duques de Palmela – sobretudo os respectivos jardins, actualmente ocupado pela Procuradoria Geral do República. Asseguraremos em qualquer um dos casos um programa pertinente e atractivo para todas as faixas etárias.
Adicionalmente pretendemos promover acções de divulgação e apoio ao comércio e serviços existentes na freguesia. Para o efeito pretendemos criar um mapa que localize os estabelecimentos e indicando o seu objecto e horário.
8 de outubro de 2009
Propostas para a freguesia IV: Mobilidade
Pretende-se ainda que haja uma articulação entre os Centros de Saúde e o serviço de transporte para o transporte de doentes de e para o Centro de Saúde.
Esta equipa propõe-se a preservar e optimizar o espaço de estacionamento de residentes e visitantes. Estamos cientes que uma cidade sustentável terá de ter uma menor circulação automóvel que aquela que Lisboa apresenta. No entanto, idealmente, deve começar-se por uma melhor adequação do serviço de transportes públicos. A limitação de estacionamento constitui um problema para todos os residentes com automóvel, mas também estamos seguros que o estacionamento selvagem é um problema gravíssimo sobretudo para os peões com menor mobilidade. O compromisso não é fácil, mas será tanto mais justo quanto for feito em articulação com os moradores e sempre no sentido de defender os seus interesses.
Propostas para a freguesia III: Criação do zelador da freguesia
Propostas para a freguesia II: Apoio social
Mas pretendemos, não só que a Junta esteja atenta aos problemas sociais, mas que consiga ter um papel activo para os minimizar. Em articulação com a CML, pretendemos que a Junta de Freguesia esteja apta a prestar apoio aos mais carenciados. Neste apoio inclui-se ainda o apoio domiciliário, no âmbito do programa AJUDA LISBOA, para auxílio a pessoas com dificuldade de mobilidade em tarefas do quotidiano. Este programa pretende dar um apoio 24h/dia a idosos isolados.
Pretendemos ainda criar um Centro de Dia gerido pela freguesia que funcione em articulação com o Centro Social e Paroquial por forma a que sejam complementares. O nosso objectivo é que mais pessoas sejam servidos e com mais actividade e serviços.
7 de outubro de 2009
SÃO MAMEDE APOSTA NO CONTACTO RUA A RUA JANELA A JANELA
Cada dia que passa os membros da Lista do PS para São Mamede ficam mais conscientes de que somos comunicativos. Temos aprendido imenso. Amanhã continuamos a percorrer as ruas e a bater às janelas. Depois contamos-lhe.
Propostas para a freguesia I: Segurança dos transeuntes
Pretendemos ainda criar novas passadeiras e recolocar antigas dando particular atenção à circulação de crianças, idosos e incapacitados.
De igual forma, pretendemos colocar faixa anti-derrapantes nos passeios mais íngremes. A nossa freguesia é rica em ruas de declive acentuado. Estas, dada à natureza escorregadia do passeio, colocam muitas vezes em perigo a segurança dos transeuntes, sobretudo daqueles com menor mobilidade.
Entendemos ainda ser importante o rebaixamento dos passeios para, mais uma vez, melhorar a mobilidade na freguesia. Queremos que a nossa freguesia seja um exemplo em termos de mobilidade tentanto eliminar todas as quaisquer barreiras.
Queremos também colocar piso de amortecimento nos parques infantis cujo piso limita as brincadeiras das crianças da freguesia.
6 de outubro de 2009
Do Fundo do Coração

"One From the Heart" no original. Assim amamos a cidade de Lisboa. Como no filme saído do estúdio de Francis Ford Coppola "Do Fundo do Coração".
DISTRIBUIR O PROGRAMA COM CHUVA
A chuva vai acompanhar este nosso dia
de distribuição do Programa
do PS para São Mamede
5 de outubro de 2009
CAMPANHA UNIR LISBOA À VOLTA DE UMAS CERVEJAS
Dia 6 de Outubro (terça-feira), às 16h00
Acção de rua na Avenida Almirante Reis, ponto de encontro frente à Portugália
Dia 6 de Outubro (terça-feira), às 09h00
Acção de Rua Sapadores/Graça/Alfama, ponto de encontro no Largo de Sapadores
Dia 7 de Outubro (quarta-feira), 09h45)
Viagem de metro do Chiado para o Colégio Militar e visita ao parque da Quinta da Granja, ponto de encontro frente à Brasileira do Chiado.
Lá estaremos! Com ou sem uma cervejinha!
4 de outubro de 2009
PASSEIOS JUNTO AO TEJO
Dia 5 de Outubro (segunda-feira), 12,h30m
Passeio de eléctrico rápido entre o Terreiro do Paço e Belém.
Mais uma iniciativa junto ao Tejo aquele rio que amamos ou melhor, recomeçámos a amar.
Hoje dia 4 de Outubro andei com mais centenas de alfacinhas, de bicicleta, entre a Torre de Belém e o Cais do Sodré, com os nossos candidatos ao município de Lisboa - António Costa; Helena Roseta, Sá Fernandes, Manuel Salgado e reconheci as caras de quase todos e todas as candidaturas das 53 Freguesias da capital. Foi fantástico.
«Sozinho no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui e acolá, acorda a vida marítima...» (Álvaro de Campos)
PASSEIO DE ELÉCTRICO
Dia 5 de Outubro (segunda-feira), 12h30
Passeio de eléctrico rápido entre o Terreiro do Paço e Belém
3 de outubro de 2009
PASSEIO DE BICICLETAS JUNTO AO TEJO
Partida às 9,30 horas.
Passeio pela pista ciclável entre a Torre de Belém e Cais do Sodré
Lá estarei.
Foram 7 quilómetros de convívio e em boa forma. Houve quem fizesse outro tanto do Cais do Sodré para a Torre de Belém, de tal modo foi bom voltar a andar de bicicleta.
A CALÇADA PORTUGUESA
Está aberto o debate. Contamos que este blog continue depois do dia 11 de Outubro de 2009.
A CALÇADA PORTUGUESA E A CIDADE IDEAL
Caríssimas e Caríssimos Camaradas e Amigos,
A Intervenção descontraída do António Costa, no jantar de apresentação dos candidatos às próximas eleições em Lisboa
Nos meus conceitos de conservação de Cidades com mais de 2.000 anos não cabe uma crescente indiferenciação, como está a acontecer pelo País fora.As intervenções ao abrigo do Programa Polis, em que o Governo do PS tanto se empenhou para que tivesse bons resultados, com muita da sua arquitectura pseudo-Sizista, têm vindo a criar partes de cidades todas iguais, sem ligação quer à história material de cada local quer à arquitectura dominante ou até envolvente.Os pavimentos minimalistas da Praça da República de Tavira, da Praça do Mercado de Albufeira da marginal de Armação de Pera, da Praça Central de Serpa são do mesmo material da Praça da Figueira em Lisboa, e outros destes exemplos são inúmeros.
Lisboa, que recebe por ano centenas de milhar de turistas que contribuem para incontáveis empregos, não pode ser “actualizada” para servir apenas alguns dos que cá vivem, mas também pensada para atrair os que cá vêm, respeitando as heranças dos que viveram antes de nós e o seu património. A Cidade deve ser para todos, independentemente de ser responsabilidade dos Socialistas encontrar formas racionais de carinho para com os mais frágeis, sendo sem dúvida muitos dos mais novos e dos mais velhos a fatia maior deste bolo, mas na conservação do Património da Cidade os Socialistas têm que saber deixar o selo Europeu que Mário Soares desenhou na assinatura do tratado de adesão à CE. De que serve “tratar” dos passeios, se no Inverno escorregadio não é possível circular de chapéu de chuva aberto pois não há espaço para eles entre as fachadas dos prédios e os postes plantados de dez em dez metros, sob pena dos idosos voltarem para casa com uma pneumonia?
Vivo aqui há 64 anos, não andei de autocarro a 1ª vez para ir à Faculdade, pois comecei por ir a pé para a Rua da Escola Politécnica..., num tempo em que na minha Família (agregado de 6 pessoas) ainda não havia carro e por isso sei bem até aos dezasseis anos o que foi passear, em especial com os meus Avós, por toda a Cidade, a pé e de eléctrico, e não tenho memórias negras da burguesia com as mãos em alvos tornozelos a tentar salvar as capas dos tacões nos intervalos das calçadas de calcário, lioz e basalto.Como não temos censos disponíveis dos anos 40 e 50 não sabemos qual a composição etária da população para a comparar com a situação de hoje e extrapolar para análises de resultados sobre comportamentos de risco resultantes das condições estruturais das redes pedonais actuais. Mas, até arrisco dizer que, se calhar, há escorregadelas mais graves nos lambrins rampeados de hoje do que nos passeios mais íngremes da Cidade.
Também quero acreditar numa genuína vontade Socialista de revitalização do tecido social da Cidade para que amanhã as minhas Filhas e Netas aqui continuem a viver, como hoje, contrariando o nosso envelhecimento demográfico. E lutarei para lhes deixar uma Cidade com história e com memórias vivas, embora reconheça que é uma causa com muita probabilidade de vir a ser perdida pela necessidade dos Autarcas em apresentar obra a uma população pouco preparada para apreciar a defesa do património em geral e não apenas do edificado, e muito mais disponível para reclamar e aplaudir o apoio monetário, sectário e calculista de um Presidente de Câmara, como o Santana fez com os terrenos oferecidos ao Benfica.E já agora, quero dizer-vos que a minha sogra que tem 92 anos quase todos os dias dá a volta ao quarteirão, descendo a São Filipe Nery e subindo a Rodrigo da Fonseca e a Venceslau de Morais, acompanhada da sua bengala numa mão e das compras na outra, objecto aquele de que não me envergonharei em usar quando dele vier a precisar.A foto a seguir, da esquina da Rodrigo da Fonseca com a Wenscelau de Morais, que morfologicamente retrata o caso apresentado pelo António Costa no Chiado é um exemplo de como se criaram condições de circulação pedonal segura numa zona acidentada, sem necessidade de miscigenações com mais materiais contemporâneos, para além dos que são mesmo indispensáveis.
A Cidade tem constrangimentos estruturais, que não têm solução Académica, e que nunca poderão proporcionar igualdades de oportunidade a todos os seus habitantes.Tenho convivido nos últimos anos com as consequências da chegada sucessiva ao Mundo dos meus Netos e Netas, e tive que aprender o “caminho das pedras” para os ir passear de cadeirinha até ao Jardim das Amoreiras, nada me servindo lamuriar ou reclamar por soluções radicais que sirvam numa bandeja dourada o objectivo de rejuvenescer Lisboa com jovens habitantes.
Apetece-me até fazer uma provocação a todos vós sobre a cultura consumista das coisas novas, usadas hoje por tudo o que é sítio, em tanto mobiliário urbano interior e exterior, justificado em muitos casos sob a capa de apoio ao “crescimento” económico, embora muito à custa do “made in China”, criador de dívida externa....
Já visitaram os Museus dos antigos Serviços Geológicos de Portugal situados na Rua da Academia das Ciências, mesmo aqui a dois passos de São Mamede (horário da Função Pública)?
Pois bem, se lá forem, apreciem como mesmo debaixo dos vossos narizes podem fruir da extrema beleza dos materiais do neolítico final e do calcolítico que constituíram o mobiliário funerário dos habitantes das Penínsulas de Lisboa e de Setúbal naquelas épocas, ainda expostos em largas mesas cobertas de vidro, como hoje já não se usa, e comparem o resultado da apreensão do vosso conhecimento e da vossa “relação” com os materiais expostos, com outros núcleos expositivos mais modernos do mesmo contexto que já tenham visitado.
E já gora, quando forem a descer ou a subir, a Rua do Século, não deixem de estar atentos ao encontro com o nº 123 - Convento dos Cardais (visita guiada da parte da tarde), e não deixem de também o visitar.
Todos sabemos que o Estado Novo isolacionista criou pobreza, analfabetismo e conduziu à imigração em massa, e esta trouxe-nos a cultura das “maisons” espalhadas a eito pelo País, e também por isso infelizmente não abundam os núcleos aconchegados e coerentes como, por exemplo, os de Monsaraz ou de Monsanto.Nem quero pensar no que seria o aspecto deste País se tivéssemos entrado na segunda grande guerra e bombardeados como aconteceu com tantas Cidades Europeias.Mesmo com o TGV, que já devia estar adjudicado, e com os low coast, vamos continuar periféricos para a Europa Central e precisamos de preservar o que ainda não está descaracterizado para que a nossa oferta cultural se potencie, com cada macaco no seu galho.Já chega a casca da obra de regime do Cavaco frente aos Jerónimos. E se forem ao Castelo, vejam como aquilo é, como por exemplo na Rua da Calçada do Marquês de Ponte de Lima, um troço em calçada de basalto sem saída nas extremidades, onde só se acede por duas largas escadarias com um corrimão ao meio, uma para cima e outra para baixo, onde um carro não tem acesso e onde garantidamente vive gente, pois tinha lá só morando uma Filha e agora também já lá tenho uma Neta.Nos planos muito inclinados das colinas onde foram esculpidas escadas em vez das alegorizadas “pistas de calçada Portuguesa para skate”, ninguém escorrega!
Para terminar, não posso deixar de abordar e questionar a oportunidade do elenco da prioridade desta acção face aos desafios económicos com que nos vamos continuar a confrontar, quando cada vez mais as Autarquias são solicitadas para intervir em crescentes apoios sociais e, quando a OCDE prevê que vamos ter cerca de 600.000 desempregados em 2010. As rubricas do orçamento Camarário do novo Executivo de Lisboa é que devem merecer uma sólida discussão nestes ambientes partidários abertos, para que o PS na CML dê resposta eficaz ao diálogo entre os executivos das Freguesias e os seus Fregueses.
Desculpem este longo desabafo, mas como tenho as quotas do PS em dia desde Dezembro de 1974, acho que não respeito a minha condição de Lisboeta que quer Unir Lisboa, se tiver medo de dizer o que penso, mesmo que isso vá ao desencontro com as ideias do António Costa e de alguma da sua “entourage”.
Saudações Socialistas,
Rhodes Sérgio
2 de outubro de 2009
PROGRAMA NA SUA CAIXA DO CORREIO JÁ NO FIM-DE-SEMANA
A partir do dia 3 de Outubro vai ser distribuído o
Programa para São Mamede. Estejam atentos e leiam o folheto de fio a pavio.
O BAIRRO ALTO EM ALTA COM CANDIDATOS E CANDIDATAS
Luísa Paiva Boléo (São Mamede)
Carlos Castro (Mártires)
Filomena Lobo (Sacramento)
A VERA ABRAÇA ANTÓNIO COSTA
MAIS ROSTOS DA NOITE NO BAIRRO ALTO
o Alberto Bento (Mercês)
e a Carla Madeira (nº 2 por São Mamede)
também não faltaram à festa
30 de setembro de 2009
28 de setembro de 2009
27 de setembro de 2009
UM PS PARA OS NOVOS DESAFIOS
Foi com imensa alegria que vivi a vitória do PS para as Legislativas 2009. É claro que todos sabemos que vai ser um período difícil, mas o empenho e coragem de todos do PS, com a sua confiança e ânimo vão tornar a tarefa menos pesada a José Sócrates.
Agora sem maioria parlamentar é que vamos ver a fibra de José Sócrates. Se é apenas um bom político ou se vai passar à História como um grande estadista.
Como cabeça da lista a São Mamede esta vitória do PS dá-nos novas esperanças de vitória para colocarmos a Freguesia de São Mamede no mapa de Lisboa, pois com esta Junta PSD está tudo por fazer.
A pouco e pouco os moradores de São Mamede vão percebendo que é urgente uma mudança e só nós a vamos fazer com empenho, conhecimento, criatividade e pluralismo.
Já viu bem como é diversificada e altamente qualificada a lista do PS encabeçada por mim?
Olhe com atenção e deixe aqui o seu comentário.
Nesta noite de Vitória, agora vamos começar outra caminhada para a vitória de António Costa e minha - Luísa de Paiva Boléo.
Boa Noite Caros/as Camaradas! Foi uma noite fantástica!
24 de setembro de 2009
Lista Completa de S. Mamede - Efectivos e Suplentes

(Clicar na imagem para aumentar)
1 - Luísa de Paiva Boléo
Historiadora
2 - Carla Ferreira Madeira
Licenciada em Gestão e Administração Pública
Assessora na CML
3 - Manuel Patrício Mendes
Projectista
4 - Francisco Gentil Quina
Empresário
5 - Vera Santana.
Socióloga /Investigadora
6 - Luís Sá (JS)
Estudante
7 - Dimas Pestana
Engenheiro
8 - Virgínia Pimentel
Dirigente Associativa
9 - Nuno Oliveira
Engenheiro
10 - Ivanilda Barros Nunes
Jurista
11 - Ana Pequito
Engenheira Agrónoma
12 - Abel Rodrigues
Técnico administrativo área desporto
13 - Helena Sequeira Serras Gago
Economista
14 - Sara Amâncio.
Prof. Universitária
15 - Rafael Fonseca Ferreira
Técnico de manutenção de aeronaves
16 - Ana Cristina Marques
Operadora de Supermercado
17 - Nuno Gonçalves Lopes
Eng.º Informático
18 - António Mota de Aguiar
Doutor em História da Ciência
19 - Eva Israel
Médica (Aposentada)
20 - César da Costa Gomes
Jurista (Aposentado)
21 - Lígia Barros Queirós Amâncio
Professora Universitária
22 - Jacinto Ferraz
Director Comercial (Aposentado)
23 - Ruth Arons
Lic. em Ciências Histórico-Filosóficas (Aposentada)
24 - Irene Flunser Pimentel
Doutorada em História
Escritora / Prémio Pessoa 2007
25 - José Manuel de Medeiros Ferreira
Político / Professor Universitário (Aposentado)
26 - Jacira da Fonseca Dias Baptista
Socióloga / Presidente da Junta de São Mamede (1994/1997)
16 de setembro de 2009
JANTAR DAS 8 FREGUESIAS
Os membros deste ramo da família são, para quem não sabe, e não vou respeitar a ordem alfabética: Santa Catarina, Santos-o-Velho, Encarnação, Mercês, Mártires, Sacramento e São Mamede.
Foi um jantar com ambiente especial pela convivência, pelo estilo informal e pelas palavras sabedoras da Irene Lopes de Santa Catarina e do jovem Carlos Castro, com a sua simpatia, convicção e inegáveis qualidades de orador, que irá certamente deixar a sua marca nos Mártires, que, como ele insiste, é o Chiado - o coração de Lisboa.
Simonetta Luz Afonso, candidata à presidência da Assembleia Municipal agradeceu a saudação que lhe fizemos e António Costa falou com o entusiasmo de sempre do que se vai realizar na capital de Portugal nos próximos 4 anos.
Fotografias, abraços, projectos e ainda muito trabalho pela frente nos esperam, mas estas freguesias, como todas as outras de Lisboa, sabem que há necessidade de dar uma nova vida aos Bairros de Lisboa.
Nunca é demais insistir que as pessoas é que lhes dão vida, não os edifícios, os aquedutos e as vias rápidas.
Saibamos colocar as infraestruturas ao serviço dos/das alfacinhas, que somos todos/as nós e melhorar francamente a qualidade de vida de quem aqui trabalha, vive e se diverte.
9 de setembro de 2009
Arco da Rua das Amoreiras
Já passou a pé debaixo deste arco ? Experimente e veja o eco que faz quando emitir um som.
Leve os mais pequenos a experimentar.
8 de setembro de 2009
Mais higiene no Jardim das Amoreiras - WC's para cães
A nossa candidatura à Freguesia de São Mamede,
entre muitas outras medidas, vai colocar no
Jardim das Amoreiras WC’s caninos.
Assim as nossas crianças podem, sem perigos
para a saúde, brincar à vontade.
Curso de Cidadania e Iniciativa Autárquica
Curso de cidadania e iniciação autárquica
Uma organização Cidadãos por Lisboa
No quadro da candidatura UNIR LISBOA, os Cidadãos por Lisboa irão promover um curso de cidadania e iniciação autárquica, aberto a todos os cidadãos/ãs interessados/as numa maior participação nas decisões sobre a cidade.
3 de setembro de 2009
VAMOS TER DE NOVO O ELÉCTRICO 24 A PASSAR NO RATO
1 de setembro de 2009
27 de agosto de 2009
Jardim das Amoreiras com novo quiosque e esplanada
O vereador José Sá Fernandes congratula-se com mais esta abertura, integrada na estratégia do Município de recuperação e dinamização dos jardins, miradouros e espaço público de Lisboa. Depois dos três quiosques recuperados e inaugurados nos Jardins do Príncipe Real (França Borges), Praça das Flores e Praça Luís de Camões; do quiosque do jardim e miradouro de Botto Machado, abre agora mais este espaço.
Recorde-se que o Jardim das Amoreiras não dispunha de um estabelecimento com estas características desde Janeiro de 2007, altura em que o quiosque existente neste local foi encerrado por falta de condições. Este quiosque foi posteriormente recuperado e colocado no Largo Camões onde está a funcionar.
25 de agosto de 2009
HISTÓRIA DA FREGUESIA DE SÃO MAMEDE DO SÉCULO XII AO SÉC XXI

Em 1363, quando o exército do rei Henrique de Castela pôs cerco a Lisboa, provocou devastações por estas bandas, depois de atravessar Valverde (o vale da Avenida) e se instalar no Convento de S. Francisco.
Também em 1384, desta vez as hostes de D. João de Castela por aqui causaram estragos, como nos conta Fernão Lopes: «E chegou acerca dela a um alto monte, a que ora chamam Monte Olivete, e esteve ali grande parte do dia; e muitos dos seus andavam entretanto cortando arvores e vinhas e fazendo todo o dano que podiam».
SÉCULO XVI - AS QUINTAS E O NOVICIADO DA COTOVIA
Ao findar o século XVI, procuravam os padres da Companhia de Jesus um lugar adequado para fundar um noviciado. Depois de ponderarem as vantagens e inconvenientes de uns vinte sítios, decidiram-se pelo Monte Olivete, uma propriedade que fazia parte do dote de Fernão Teles de Meneses deixada em 1598 e que reunia as condições desejadas. Lançados os alicerces em 1603, em 1616 ficaram as obras concluídas. Os primeiros noviços entraram em 1619 e ali continuou esta importante casa religiosa, com uma cerca enorme até ao Rato e Salitre, por muitos anos até à extinção da Companhia de Jesus, em 1759.
OS CONVENTOS SEISCENTISTAS
Contando com o Noviciado da Cotovia, foram cinco as casas conventuais que se estabeleceram nesta área, durante o século XVII e início do século XVIII.
Antes de 1710, vieram estabelecer o seu convento os Padres da Congregação de Oratório de S. Filipe de Nery. As suas casas e propriedade foram, depois de 1755, a Quinta e Pátio do Geraldes e resistiram até 1936, quando foi urbanizado o quarteirão entre a Rua Castilho e Rua Rodrigo da Fonseca. O outro convento foi o de Nossa Senhora da Conceição dos Cardais, hoje fora dos limites da freguesia, que data de 1681-1703.
O AQUEDUTO E A FÁBRICA DAS SEDAS
O século XVIII veio trazer grandes transformações a S. Mamede, ainda antes do terramoto de 1755. Por volta de 1720, começaram a ser construídas casas no Largo do Rato, em terrenos aforados pelas freiras trinas do vizinho convento. No limite oposto da freguesia (hoje Praça do Príncipe Real) tiveram inicio, em 1728, as obras do palácio do Conde de Tarouca, nunca concluídas e sobre cujos alicerces se edificou a Basílica Patriarcal, inaugurada em 1756.
Uma das mais imponentes obras joaninas, o Aqueduto das Águas Livres, estava então a ser construído (1713-1748), terminando a freguesia de S. Mamede.
Em 30 de Outubro de 1744, a água correu pela primeira vez num improvisado tanque no Rato, tendo-se juntado cerca de seis mil pessoas para assistir ao memorável acontecimento. Em 1748, foi erguido um arco triunfal para celebrar o «ingresso das águas na cidade» – o Arco das Amoreiras.www.fasvs.pt
A Mãe-d’Água, iniciada em 1744 só ficou concluída em 1834 e ainda teve obras em 1859 Quanto ao Chafariz do Rato (1753-1754), obra atribuída a Carlos Mardel, está no lugar actual desde 1794.
Em terrenos da Quinta de D. Rodrigo de Noronha, perto do Rato, instalou-se em 1738 a Fábrica das Sedas, que teve as suas primeiras instalações na Fonte Santa (1734) e Rua de S. Bento (1737). Inaugurada em 1741, a nova fábrica contava em 1744 com 28 oficiais e 70 aprendizes.
DEPOIS DO TERRAMOTO DE 1755
As novas edificações sucediam-se, promovidas pelo Estado ou por particulares, sendo nesta zona que a burguesia pombalina mandou edificar os seus palácios: o Palácio Alagoas (1757-1762), da família Cruz-Alagoa; o Palácio Ceia (c.1760), construído por Rebelo de Andrade; o Palácio dos Guiões (1767), do desembargador Romão José da Rosa Guião. As casas nobres dos Noronhas foram adaptadas para a instalação, em 1768, da Régia Oficina Tipográfica, depois designada Imprensa Nacional (1833).
A CRIAÇÃO DA FREGUESIA
Por carta régia, de 18 de Dezembro de 1769, foi a paróquia de S. Mamede transferida para o seu novo distrito, ficando como sede provisória a ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens (fundada em 1749), em Vale do Pereiro (na confluência das actuais Rua Braamcamp e Rua Alexandre Herculano).
A remodelação das freguesias de Lisboa, oficializada em l770, fez uma primeira delimitação do território de S. Mamede, que foi alterada em 1780, ficando então com os limites que actualmente mantém, aproximadamente. Parece-nos interessante transcrever o documento de demarcação em 1780:
«Terá princípio o distrito desta Paróquia, transmutada para o sítio do Rato, na Esquina Ocidental da Calçada das Flores que desce à Praça da Alegria, caminhando pelo lado direito para o Real Colégio dos Nobres; e descendo pela Rua de S. Marçal, voltará pela Travessa de Santo António, Travessa do Arco até sair na Rua de S. Bento; e desta, levando todo o lado Oriental, voltará por ambos os lados até à Praça do Rato, Convento das Religiosas Trinas de Campolide, subirá pela Estrada que vai a S. João dos Bem Casados; e seguindo a mesma até à que volta para Campolide, somente da parte Oriental desta, discorrerá pelo lado Meridional de outra que vem sair a Vale de Pereiro; passando junto do Abarracamento deste sítio, irá buscar a Rua do Salitre, e continuará pela nova Rua que sobe defronte das Casas dos herdeiros de José Francisco da Cruz, donde voltará para o Real Colégio dos Nobres, onde acabará a sua circunferência».
No território assim definido, moravam nesse ano de 1780, 3786 pessoas em 749 fogos.
Em 1782 começou a ser construída a nova igreja, para onde passou a sede paroquial em 1783, mas cujas obras se prolongaram por muito tempo.
Nesse período, foram construídos mais alguns palácios, como por exemplo o Palácio Praia (1784) e o Palácio Palmela (1792), mas a grande novidade urbanística nesta zona foi, sem duvida o Bairro da Cotovia ou do Pombal, edificado por iniciativa de uma «Companhia Reedificadora», a partir de 1760 na encosta poente da antiga estrada da Cotovia até à Rua de S. Bento e entre a Patriarcal Queimada e o Solar dos Noronhas (em que existia um pombal que deu nome ao sítio).
Este foco de urbanização contribuiu largamente para o aumento populacional que se observava em 1798. A freguesia de S. Mamede contava 1182 fogos e cerca de 6370 habitantes.
S. MAMEDE NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX
Depois de um movimentado século XVIII, a freguesia de S. Mamede conheceu um período de alguma estagnação até meados do século XIX.
Através de uma cronologia, podem evidenciar-se os acontecimentos mais significativos na primeira metade do século XIX:
1801 - População: 6.370; Fogos: 1.187.
1805 – Construção do Arco de S. Mamede.
1810 - No pátio do Gil (Rua de S. Bento), nasce Alexandre Herculano.
1817 - Preso Gomes Freire de Andrade na sua casa da Rua do Salitre.
1820 - População: 5.200; Fogos: 1.208.
1822/42 - Obras de remodelação do Palácio Palmela.
1825 - Lançados os caboucos do Erário Novo, na Patriarcal Queimada.
1833 - População: 5.360; Fogos: 1.224.
1835 – Fim da Fábrica de Louça do Rato.
1837 - Extinção do Colégio dos Nobres e criação da Escola Politécnica.
1839 - Capela de Nossa Senhora da Bonança (Capela do Rato).
1840 - Popu1ação: 3.946; Fogos: 1.035.
1843 - Incêndio no Colégio dos Nobres.
Feira das Amoreiras.
1853 - Colégio Luso-Britânico (Palácio dos Guiões).
1855 - Botequim de Domingos Martins (Flor do Rato).
1860 - Inaugurada a carreira de omnibus(sic) Rato-Santa Apolónia.
1861 - Aberta ao culto a Igreja de S. Mamede.
1863 - Observatório Astronómico do Monte Olivete.
Palacete Fontalva.
Reservatório de água da Patriarcal.
1864 - População: 4.922; Fogos: 1.331.
1867 - Esquadra da Polícia, no Rato.
1873 - Jardim Botânico.
1877 - Palácio Ribeiro da Cunha.
1878 - População: 6.268.
Conclusão das obras na Escola Politécnica.
1879 - Pátio do Monteiro.
1880/96 - Teatro do Rato.
1890 - População: 7.789; Fogos: 1.663.
Vila Bagatela.
1897 - Incêndio na Real Fabrica das Sedas (Rato).
1899 - Palácio Mayer.
1900 - População: 8.102; Fogos: 1.719.
DO INÍCIO DO SÉCULO XX AOS NOSSOS DIAS
À entrada do século XX, a freguesia de S. Mamede via desaparecer rapidamente o que restava das quintas a norte do seu território.
Com a abertura da Rua Alexandre Herculano, Rua Castilho, Rua Rodrigo da Fonseca, desapareciam as azinhagas de Vale Pereiro e de Lázaro Verde e os arrabaldes rústicos de há pouco, eram preenchidos por palacetes e moradias ao gosto ecléctico de fim de século, como por exemplo: Casa Ventura Terra (1902), Sinagoga (1902-1904), edifícios geminados da Rua Braamcamp, 84 e 88 (1907) ou a Garagem Auto-Palace (1906), com elementos Arte Nova.
Em 1921, um incêndio destruiu completamente a igreja de S. Mamede, logo reconstruída e reaberta ao culto em 1924.
O Instituto de Investigação Científica Bento da Rocha Cabral data de 1925. O Mercado 1º de Dezembro (ao Rato) foi inaugurado em 1927. Quanto ao Parque Mayer tinha sido inaugurado em 1922.
Entre 1930-1940 foi aberta a Rua de Artilharia Um, substituindo a velha estrada de Entremuros. Na mesma altura procedia-se a modificações na Praça do Brasil (Largo do Rato) e construiu-se o conjunto de edifícios Art Deco e modernismo radical no quarteirão entre a Rua Nova de S. Mamede e Rua do Salitre.
Com a remodelação administrativa de 1959, a freguesia ficou com os limites que mantém actualmente e desde os anos 60-70 que a terciarização avança imparavelmente. Nos últimos anos, assiste-se à instalação de edifícios que requerem localização de prestígio por parte de bancos, hotéis, companhias multinacionais que estão a modificar radicalmente a face da freguesia.
Texto retirado do livro de Carlos Consiglieri, Filomena Ribeiro, José Manuel Vargas e Marília Abel, Pelas Freguesias de Lisboa - de Campo de Ourique à Avenida; Santo Condestável; Santa Isabel; São Mamede; Coração de Jesus, vol 3., Biblioteca da Educação da CML de 1995.(Resumo de Luísa de Paiva Boléo)